domingo, 7 de agosto de 2011

Pregão Eletrônico. Bom para o Governo, mas...bom para o fornecedor?

O Pregão Eletrônico tem um pouco mais de 10 anos de existência no Brasil.

Com certeza, essa modalidade de licitação mostrou-se muito vantajosa para o Governo e, no primeiro semestre de 2011, já representou uma economia de 2 bilhões de reais aos cofres públicos, somente nas compras do Governo Federal.

Algumas vantagens que fazem o Governo cada vez mais fiel ao pregão eletrônico:
- Possui grande abrangência territorial. Fornecedores de todo o Brasil podem participar de processos de qualquer Órgão Público, aumentando a competitividade e reduzindo, drasticamente, os preços dos produtos e serviços contratados.
- O gerenciamento e administração do pregão na forma eletrônica é mais prático e fácil.
- Possui custo operacional inferior às demais modalidades.

No ponto de vista do fornecedor, não podemos negar que o Pregão eletrônico, assim como todas as categorias de compras eletrônicas, trouxe benefícios. Alem de maior transparência, essa modalidade eliminou as barreiras geográficas permitindo, assim, que qualquer empresa participe de uma licitação, independente do endereço do órgão licitador.

Mas existem alguns fatores que geram discussão. A participação via meio eletrônico exclui a possibilidade de melhor avaliação da qualidade e especificações técnicas de produtos e serviços, por parte da comissão de licitação e dos licitantes concorrentes.

Na maioria dos casos, a avaliação do produto ofertado pelo licitante vencedor é feita somente após o término da sessão de lances. Não existe o momento onde os participantes podem constatar se o produto de determinada marca e modelo está realmente habilitado tecnicamente.

Em alguns sistemas a marca e modelo dos produtos não ficam visíveis até o término dos lances. É comum que, em alguns processos, o licitante que atende rigorosamente as especificações exigidas concorra com produtos inferiores, levando a disputa para níveis de preços a beira do impraticável.

No caso acima, vale muito a experiência e o feeling do profissional de licitações que está a frente dos lances, para ficar propositalmente em outras posições da classificação e se empenhar em desclassificar o licitante arrematado, por não atendimento, após o pleito.

Veja, abaixo, uma entrevista com o Secretário de Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Delfino Souza que fala sobre o sucesso do Pregão Eletrônico no Governo federal. É claro que lá é só comemoração.


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